Até 2020, digital responderá por 65% dos investimentos em mídia nos EUA; estudo analisa relevância do marketing na jornada do cliente.No giro de notícias da semana, os destaques do mercado de publicidade e marketing digital: estudo do eMarketer, em parceria com a Criteo, traz as previsões do mercado de publicidade digital dos Estados Unidos; Salesforce analisa relevância do marketing na jornada do cliente no Brasil; IAB promove webinar sobre LGPD. Digital responderá por 65% dos investimentos em mídia nos EUA em dois anos
A publicidade digital está a caminho para superar os gastos de mídia tradicional nos Estados Unidos até 2019. É o que revela o eMarketer, em parceria com a Criteo, no US Digital Advertising Snapshot.
Os investimentos em publicidade digital excederam expectativas durante o primeiro semestre de 2018 e devem atingir US$ 111 bilhões até o final do ano, superando a estimativa feita em março de US$ 107,30 bilhões. Até 2020, a mídia digital será responsável por quase 65% do gasto total com publicidade de mídia no país.
Já os gastos com mídia programática devem chegar a quase US$ 48 bilhões até o final do ano. Até 2020, os anunciantes investirão quase US$ 69 bilhões em anúncios de display digital programático nos EUA, respondendo por 86,3% dos gastos com display.
Segundo o mapeamento, os gastos com anúncios em vídeo alcançarão US$ 50,63 bilhões em 2022, quase o dobro dos US$ 27,82 bilhões em 2018. Ao mesmo tempo, os gastos com anúncios de TV permanecem inalterados, com pequenas reduções percentuais anuais no período, exceto em 2020 (ano de eleição presidencial e de olimpíadas).
Até 2020, os gastos com anúncios para dispositivos móveis nos EUA superarão todos investimentos em mídia tradicional combinada. De acordo com o estudo, a estimativa é que as comunicações móveis representem US$ 76,17 bilhões dos gasto com publicidade nos EUA em 2018. Isso é mais do que os investimentos em TV (US$ 69,87 bilhões) – e é significativamente superior aos gastos com impresso (US$ 18,74 bilhões), rádio (US$ 14,41 bilhões) e OOH (US$ 8,08 bilhões).
A expectativa é que até 2022 os gastos com publicidade mobile devem mais que dobrar em relação à TV. O canal totalizará US$141,36 bilhões dos gastos com anúncios de mídia nos EUA, enquanto a TV será responsável por US$ 68,13 bilhões.
Salesforce: a importância do marketing na jornada do cliente
A Salesforce acaba de lançar relatório anual State of Marketing 2018, que investigou a opinião de 4.101 líderes de marketing pelo mundo, sendo 601 deles da América Latina, 900 da América do Norte, 1.400 da Ásia-Pacífico e outros 1.400 da Europa.
No Brasil, foram entrevistados 301 profissionais, que indicam um amadurecimento do marketing na liderança de iniciativas de experiência dos clientes: 48% deles acreditam que a área exerce participação decisiva na condução dessas ações. O estudo aponta a integração entre o marketing e os diferentes departamentos das empresas como um caminho para aperfeiçoar a jornada do cliente.
A pesquisa também revela que 54% dos entrevistados têm visão completamente unificada das fontes de dados dos clientes, número acimada dos 44% entre os norte-americanos. Esta visão mais plena contribui para um melhor entendimento sobre o perfil e demandas do cliente. Quanto à personalização, 93% dos brasileiros creem que essa característica melhora o desempenho do marketing, sendo um importante fator de sucesso das campanhas e ações.
No país, vem aumentando o número de fontes dados usadas pelos profissionais de marketing para identificar as necessidades, preferências e comportamentos de clientes e prospects. A quantidade média subiu de 20 em 2017 para 25 em 2018, com a previsão de chegar a 38 em 2019.
No panorama global, o levantamento acentua a importância do Marketing nas atividades, decisões e no sucesso das empresas. Entre os profissionais de marketing, é clara a percepção de que a área cumpre um papel de integrar a experiência com o cliente, um desafio crescente de engajar o cliente em tempo real por vários canais, avanços na unificação de dados e como inteligência artificial (IA) e confiança balizam a experiência do cliente. Por outro lado, menos da metade dos entrevistados (49%) acredita que entrega uma experiência completamente alinhada com as expectativas dos clientes.